O cantor e compositor brasileiro Tim Bernardes foi um dos convidados recentes do podcast "Posto Emissor", da BLITZ, onde falou sobre a sua relação com a música, a gestão da sua imagem pública e as suas descobertas musicais em Portugal. A entrevista revelou a sua admiração pela música portuguesa e a sua filosofia sobre o papel de um artista na era das redes sociais. Durante a conversa, Bernardes expressou o seu fascínio pela música de intervenção portuguesa, destacando uma canção em particular: “Em Portugal descobri uma das músicas mais loucas que já ouvi: ‘FMI’, do José Mário Branco. Nunca ouvi uma canção daquele jeito”.
Esta revelação mostra o seu interesse enquanto “ouvinte pesquisador de discos do passado”, que procura em cada país as joias musicais das décadas de 60 e 70. O músico refletiu também sobre a forma como os artistas se apresentam ao público hoje em dia, defendendo a importância de manter uma certa aura de mistério, em contraste com a exposição constante das redes sociais.
“Se eu fosse o Jimi Hendrix, vivo e no Instagram, não ia mostrar a minha vida.
É preciso manter o mistério”, afirmou, argumentando que o seu foco enquanto artista é a música e não a partilha da sua vida pessoal.
Bernardes confessou ainda o receio inicial que sentiu em seguir uma carreira musical, apesar de já estar “completamente viciado em música” aos 15 anos, e como o apoio dos pais foi fundamental para superar essa insegurança.
Em resumoA entrevista de Tim Bernardes ao podcast "Posto Emissor" revelou a sua profunda admiração pela música portuguesa, em particular por José Mário Branco, e a sua visão sobre a necessidade de os artistas preservarem o mistério na era digital, oferecendo uma perspetiva ponderada sobre a carreira musical.