Durante a conversa, os músicos recordaram com nostalgia os seus tempos de ensaio em Sagres, descrevendo um ambiente de camaradagem e criatividade: “Em Sagres vinham garrafas para a nossa mesa: era imperial, medronho, muito uísque. Ensaiávamos com aguardente de maçã.

Belos tempos!”.

Um dos momentos mais marcantes foi a recordação da génese da canção 'Timor', que se tornou um hino inesperado. Um dos membros relatou como o letrista João Monge lhe ligou a chorar ao ver crianças em Almada a cantar a música, que tinha sido adotada pela RTP como fundo sonoro para um direto sobre a situação no território, afirmando: “Nós não fizemos merchandising da desgraça”.

A banda também contrastou o seu método de trabalho com as práticas atuais, notando que, hoje em dia, muitas vezes "a letra é metida à pressão na música", algo que, segundo eles, "com Trovante isso nunca acontecia", sublinhando a importância da simbiose entre melodia e palavra nas suas composições.

A entrevista serviu para reavivar a memória coletiva sobre o legado da banda e aumentar a antecipação para o seu regresso aos palcos.