O episódio, conduzido por Conceição Lino, explorou temas como a infância, o impacto do 25 de Abril e o envelhecimento na vida e na arte.

A sessão ao vivo transformou o podcast num evento cultural, unindo o formato áudio à interação presencial com o público do festival.

Os artigos destacam as memórias partilhadas pelos atores.

Luísa Cruz recordou a repressão antes da revolução, mencionando a necessidade de ouvir a rádio BBC em segredo: “Tínhamos de ouvir baixinho a rádio BBC.

Bastava um vizinho saber que estávamos a ouvir um canal estrangeiro e podiam denunciar-nos”. A sua avó, por outro lado, representava um certo ceticismo da época, pois “nunca acreditou que o Homem tivesse chegado à lua”.

José Raposo, por sua vez, partilhou uma perspetiva sobre a sua relação com o seu próprio trabalho, ecoando uma frase do ator Nicolau Breyner: “Não vejo nada das novelas e filmes que gravo. Digo o mesmo que o Nicolau Breyner: 'pagam-me para fazer, não para ver'”.

A conversa revelou como o teatro se tornou para ambos “um espaço de descoberta e de emancipação”. Este episódio especial do "Geração 60" ilustra a capacidade do formato podcast de criar eventos únicos e de servir como um arquivo vivo de memórias pessoais que se entrelaçam com a história coletiva do país.