Esta situação evidencia a maturação do setor e a diversidade de estratégias para aferir o sucesso e o alcance dos conteúdos áudio.
Por um lado, o Grupo Impresa, detentor da SIC e do Expresso, anunciou a sua liderança no mercado pelo décimo mês consecutivo, fundamentando a sua posição no número total de downloads, que ascendeu a 5,6 milhões em outubro.
Este valor representa um domínio significativo, com uma vantagem de 31% sobre o segundo classificado, a Rádio Renascença.
O grupo destaca ainda que cinco dos dez podcasts mais ouvidos em Portugal pertencem às suas marcas.
Por outro lado, o Observador reclamou a primeira posição em número de ouvintes semanais, atingindo a marca de 322.290 ouvintes, embora tenha ficado em segundo lugar no que respeita ao total de downloads. Esta dualidade de métricas — downloads versus ouvintes únicos — reflete uma discussão mais ampla na indústria sobre qual indicador representa de forma mais fidedigna o verdadeiro impacto e a fidelização do público. A consolidação do domínio de certos programas é outro fator de relevo. O podcast "Extremamente Desagradável", de Joana Marques, reforçou a sua posição de liderança absoluta ao alcançar três milhões de downloads, o dobro do segundo classificado. Este sucesso individual demonstra o poder de formatos de humor e comentário na captação de uma audiência massiva. Adicionalmente, o bom desempenho de outros programas, como "Seja o que Deus Quiser", de Daniel Leitão, que registou o seu melhor resultado de sempre, sugere um mercado dinâmico e com espaço para o crescimento de diferentes nichos.













