A entrevista permitiu explorar o percurso e as reflexões de uma das mais importantes vozes da literatura em língua portuguesa.
Durante a conversa com Georgina Angélica e Paula Cardoso, a autora abordou a sua relação com a escrita e o reconhecimento, confessando que "a síndrome da impostora não deixa de estar connosco, vai estar até ao fim da vida, e acho que é bom".
Esta reflexão sobre a insegurança que pode acompanhar até os criadores mais consagrados oferece uma perspetiva humana e vulnerável sobre o processo criativo.
Ana Paula Tavares, que nasceu em 1952 na cidade de Lubango, em Angola, e é doutorada em Antropologia da História, partilhou também aspetos da sua vida pessoal, revelando a sua "profunda conexão à filha e ao neto". A entrevista tocou ainda em facetas menos conhecidas da escritora, como a sua "veia musical", e a sua visão sobre o poder da palavra.
A autora contou uma história sobre a origem do seu nome, explicando que o seu pai, que era motorista de camião, estava a ler um livro chamado "Ana Paula" quando ela nasceu e, por isso, deu esse nome "à filha e à camioneta que na altura guiava". A escolha de um formato de podcast para uma conversa desta natureza permitiu uma abordagem mais íntima e abrangente, que dificilmente teria espaço noutros meios de comunicação, reforçando o valor do áudio para a divulgação cultural e o aprofundamento do conhecimento sobre personalidades marcantes.












