Numa conversa franca, Herman José abordou o severo impacto que o trabalho diário em rádio teve na sua saúde mental, descrevendo a experiência como um "burnout total" que o deixou incapaz de realizar tarefas simples como escrever e-mails.
Esta revelação sublinha a pressão extrema associada à produção contínua de conteúdo criativo.
Além do desgaste pessoal, o humorista partilhou a sua perspetiva sobre a evolução da comédia, criticando o que considera ser um "humor preguiçoso que apanha boleia da juventude". Segundo ele, este tipo de comédia baseia-se em ser "novo, giro" e apelar a um público jovem, sem necessariamente possuir a profundidade ou o trabalho de escrita que considera essencial. A sua análise oferece um contraponto à cultura de celebridade instantânea, defendendo um humor mais trabalhado. A entrevista também explorou facetas mais pessoais da sua vida, como a influência do seu tio, um sobrevivente de um campo de concentração, no seu próprio "instinto de sobrevivência", e recordou os seus tempos enquanto explicador, onde ensinava "de tudo" e obtinha "resultados fantásticos" com os seus alunos, revelando uma dimensão menos conhecida da sua trajetória antes da fama.














