A entrevista revelou um lado mais pessoal do artista, incluindo a sua resiliência e instinto de sobrevivência.
Numa conversa franca com Gustavo Carvalho, Herman José abordou o preço do sucesso e da exigência profissional, confessando o esgotamento que sentiu durante o seu período na rádio.
“A escrita de rádio diária matava, foi um burnout total.
Não aceitava nada que fosse para escrever, já nem e-mails mandava”, revelou, descrevendo um período de exaustão criativa.
O humorista partilhou também a sua perspetiva crítica sobre o panorama atual do humor, apontando para o que considera ser "muito humor preguiçoso que apanha boleia da juventude", numa alusão a novos comediantes que, na sua opinião, se focam mais na imagem do que na qualidade do texto. A entrevista explorou ainda as suas origens e a sua capacidade de resiliência, que atribui a uma herança familiar marcante: “Nasci para sobreviver, saio ao meu tio que esteve num campo de concentração.
De 3 mil homens, foi um dos 33 que não se matou nem foi morto”.
Esta revelação conferiu uma dimensão mais profunda e humana à figura pública, mostrando as bases da sua força interior e do seu percurso profissional de mais de seis décadas.














