A artista falou abertamente do seu processo criativo, da sua família não-convencional e dos seus receios sobre o avanço da extrema-direita.
A conversa com o jornalista Bernardo Mendonça revelou-se um espaço de grande franqueza, onde Letrux abordou temas raramente discutidos no espaço público.
A artista descreveu a sua estrutura familiar poliamorosa e a recente maternidade: “Lá em casa somos 4.
Eu, o meu parceiro, a minha parceira e a nossa bebé Yoko”.
A entrevista explorou também a sua visão sobre a carreira, com a artista a destacar o papel do humor como mecanismo de defesa contra o deslumbramento: “Eu poderia ter entrado em buracos de ego e vaidade.
Mas sou autocrítica.
O humor salvou-me do ridículo”.
Para além da esfera pessoal, a conversa teve uma forte componente sociopolítica.
Letrux manifestou a sua preocupação com o clima político atual, afirmando: “Tenho medo da extrema direita e tenho medo do medo que leva a más acções e à violência”.
A artista criticou ainda as profundas desigualdades sociais no seu país, declarando que “O Brasil tem que mostrar a cara e a teta.
Continua muito racismo e condomínio do lado da favela”.














