As suas participações geraram considerável interesse, refletindo a sua relevância contínua no panorama cultural português.

Ao longo de uma série de conversas aprofundadas, Pedro Abrunhosa ofereceu uma visão multifacetada do seu percurso e pensamento. Recordou o sucesso viral do seu tema de 1994, ‘Não Posso +’, descrevendo-o como fruto de uma “viralidade diferente”, anterior à era digital.

O músico não hesitou em partilhar opiniões fortes sobre a tecnologia atual, nomeadamente a inteligência artificial, que criticou veementemente ao comparar o ChatGPT a uma “Bimby ladra” que “entra-te em casa e põe na panela o tomate e o arroz que roubou”. Para além da tecnologia, Abrunhosa explorou as suas raízes e a forma como a sua educação numa “família burguesa tradicional do Porto” moldou a sua consciência política, recordando as discussões sobre a situação do país que ouvia em casa. As entrevistas revelaram também um lado mais íntimo do artista, que falou sobre como a música o ajudou a superar momentos de “depressão, da tristeza, do enfrentamento da morte”, e de que forma histórias reais, por vezes comoventes, inspiram as canções do seu novo álbum, “Inverbo”. A sua presença no podcast da BLITZ, o "Posto Emissor", reafirmou o seu estatuto como uma voz influente e ponderada na cultura portuguesa, capaz de transitar entre a nostalgia da sua carreira e as complexidades do presente.