Este fenómeno emergente está a causar confusão entre os fãs e a levantar sérias questões sobre a segurança e autenticidade dos conteúdos nas plataformas digitais.

A artista Emily Portman foi uma das afetadas, ficando surpreendida quando um fã a felicitou por um novo álbum que ela não lançava desde 2022. Ao investigar, descobriu um álbum intitulado "Orca" nos seus perfis oficiais, inteiramente gerado por IA.

Este novo tipo de fraude digital, apelidado de "slop" pelo dicionário Merriam-Webster — que o definiu como "conteúdo digital de baixa qualidade produzido rotineiramente em grandes quantidades por inteligência artificial" —, explora as vulnerabilidades dos sistemas de distribuição de música.

Burlões criam músicas falsas, muitas vezes imitando o estilo do artista, e publicam-nas sob o seu nome, procurando capitalizar com os royalties gerados pelas audições.

O problema evidencia uma falha nos processos de verificação das plataformas de streaming, que parecem incapazes de distinguir eficazmente entre lançamentos legítimos e conteúdos fraudulentos gerados por IA. Para os artistas, esta situação não só representa uma potencial perda de receita, mas também um dano à sua reputação e uma diluição da sua obra autêntica, criando um ambiente de desconfiança e poluição nos seus próprios espaços digitais.