Nas suas declarações, Gouveia e Melo desvalorizou os resultados da sondagem, afirmando que “se me orientasse pelas sondagens, não fazia metade do percurso que fiz até agora”, mas admitiu a necessidade de uma nova abordagem. O candidato explicou que, até ao momento, procurou “convencer a bolha mediática” da sua idoneidade democrática, uma vez que se considera “um corpo estranho ao que era normal em termos de candidatos presidenciais e de sistema político-partidário”. Esta postura defensiva dará agora lugar a uma fase mais assertiva, onde pretende focar-se nos temas que identificou como as maiores preocupações dos portugueses: habitação, saúde e imigração. A mudança de tática sinaliza o fim de um período introdutório e o início de uma campanha mais programática, na qual o candidato procurará definir de forma mais clara o seu projeto político para o país, distanciando-se da imagem estritamente militar e abordando diretamente as questões que marcam a atualidade nacional. A promessa de posições mais firmes visa reconquistar o eleitorado perdido e solidificar a sua base de apoio perante uma concorrência mais acesa.
