Numa conferência subordinada ao tema do futuro da NATO, o almirante na reserva sustentou que não interessa a Portugal que a Aliança se torne uma potência continental, pois nesse cenário o país seria “periférico”. Em contrapartida, advogou que Portugal deve “alimentar a ideia de uma NATO global, para dar uma resposta aos novos desafios”. Neste modelo, Portugal poderia concentrar-se no Atlântico Norte e Sul, áreas onde detém influência histórica e geográfica, funcionando como uma “charneira para a África”. Gouveia e Melo criticou também de forma indireta as posições anti-americanas, afirmando que “criticar os Estados Unidos, pura e simplesmente porque é o senhor Trump, não parece a melhor estratégia para Portugal”. Esta tomada de posição sobre um tema central da soberania e das relações internacionais representa um momento importante na sua campanha, procurando demonstrar profundidade programática e capacidade para exercer as funções de Comandante Supremo das Forças Armadas.
