Gouveia e Melo Altera Estratégia de Campanha Face a Queda nas Sondagens

A campanha do Almirante Henrique Gouveia e Melo registou uma significativa viragem estratégica, abandonando a abordagem moderada e "politicamente correta" em favor de um discurso mais direto e combativo. Esta mudança, segundo várias fontes, é uma resposta direta à erosão da sua liderança nas sondagens, que agora o colocam em empate técnico com outros pré-candidatos, forçando uma reavaliação tática para reconquistar o eleitorado que o notabilizou durante a coordenação da vacinação contra a COVID-19. A equipa de campanha terá concluído que a tentativa de o posicionar como um candidato centrista, "entre o socialismo e a social-democracia", não resultou no alargamento da base de apoio e diluiu a sua imagem de liderança assertiva. O próprio candidato admitiu a necessidade de ajustar o rumo, prometendo assumir "posições mais vincadas" a partir de setembro. Em declarações recentes, Gouveia e Melo criticou a "bolha mediática" e a resistência do sistema a um "corpo estranho" como ele, reafirmando que a sua popularidade se deve a ter "voz de comando". Esta nova fase da campanha promete ser mais focada em propostas políticas concretas e menos em mensagens excessivamente cuidadas, procurando restabelecer a imagem de um líder determinado e capaz de unir os portugueses num "grande projecto de transformação". A sua afirmação de que não quer ser Presidente apenas por ambição pessoal, mas para liderar uma mudança efetiva — "Se esse projecto não existir, eu nem sequer quero ser Presidente" — reforça esta nova postura mais incisiva e demarca-o de uma carreira política tradicional.

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Em resumo

A reorientação da campanha de Gouveia e Melo sinaliza o fim da sua fase inicial de "normalização" e o início de uma abordagem mais polarizadora, focada em capitalizar a sua imagem de comando e decisão, em resposta a um cenário eleitoral que se revelou mais competitivo do que o inicialmente previsto.