Numa série de intervenções, o antigo secretário-geral do PS enfatizou o caráter pluralista da sua candidatura, afirmando que esta é um "ponto de encontro de todos os democratas e todos os progressistas". Seguro sublinhou que os seus apoiantes "não precisam pensar todos da mesma maneira, têm é que estar de acordo que querem um país digno, um país de excelência, um país justo, um país de liberdade". Esta estratégia procura construir uma base de apoio ampla no centro-esquerda, apelando diretamente a eleitores e militantes que se reveem nos valores do progresso social e da democracia, para além das fronteiras do Partido Socialista. Ao definir a sua candidatura como um "espaço de diálogo e de pluralismo", Seguro tenta demarcar-se de uma lógica estritamente partidária e apresentar-se como uma figura agregadora, capaz de unir diferentes sensibilidades políticas. A sua mensagem foca-se na necessidade de um projeto nacional que seja simultaneamente ambicioso e socialmente justo, uma visão que, segundo ele, deve ser partilhada por todos os que desejam o progresso de Portugal. Este apelo à convergência surge num momento em que o PS ainda não definiu o seu apoio oficial para as presidenciais, e posiciona Seguro como um potencial candidato de consenso para a área socialista e progressista.
