Enquanto pondera uma candidatura à Presidência da República, Rui Moreira é apontado como uma "grande alteração" potencial na corrida eleitoral. Analistas políticos, como José Filipe Pinto, acreditam que uma candidatura do autarca do Porto teria a capacidade de "captar votos à direita, ao centro e até na esquerda radical", o que o tornaria um forte candidato a uma segunda volta. A sua entrada na corrida é vista como particularmente prejudicial para Luís Marques Mendes, que disputa um eleitorado de centro-direita semelhante. O próprio Rui Moreira, ao comentar as sondagens, desvalorizou os resultados atuais, afirmando que "parece haver para todos os gostos", mantendo em aberto a sua decisão final, que deverá ser anunciada até setembro. A sua posição como independente, com uma gestão autárquica de sucesso no Porto, confere-lhe um perfil distinto dos candidatos mais ligados às estruturas partidárias. A sua eventual candidatura introduziria um elemento de imprevisibilidade significativo, forçando os restantes intervenientes a reajustar as suas estratégias e discursos perante um adversário com forte apelo transversal e uma imagem de gestor pragmático, distante das guerras partidárias de Lisboa.
