Numa entrevista à CNN Portugal, Ventura estabeleceu duas condições para avançar com uma candidatura a Belém.
"Eu só serei candidato a Presidente da República se sentir duas coisas: que nenhum dos candidatos preenche os mínimos de requisitos para os valores que defendemos, e se o partido entender que, apesar das circunstâncias atuais e neste quadro parlamentar, eu devo ser candidato presidencial", afirmou.
Esta posição mantém em aberto o seu papel no próximo ciclo eleitoral, ao mesmo tempo que posiciona o Chega como um ator central na definição do campo político à direita.
A potencial candidatura presidencial surge num momento em que o partido se foca intensamente nas eleições autárquicas, que Ventura apelidou de "prova de fogo". O objetivo é ambicioso: apresentar listas nos 308 concelhos do país e "ganhar câmaras", de modo a transformar o partido num líder a nível autárquico.
A estratégia passa por mobilizar todas as suas figuras de proa, incluindo os deputados, como cabeças de lista, para capitalizar o crescimento eleitoral verificado nas legislativas e europeias.