Em declarações à agência Lusa, Ferro Rodrigues lamentou que, até ao final de julho, não tenha sido anunciada uma candidatura com este perfil, sublinhando que a direita "está satisfeita" com o cenário atual e pressiona para que "à esquerda não haja mexidas". Para o antigo líder do PS, "Portugal precisa de uma candidatura que diga não e que se oponha firmemente à ascensão da influência da extrema-direita no Estado Democrático, visando enfraquecê-lo e mesmo destruí-lo". O socialista defendeu que o desafio é "global" para toda a esquerda democrática e que "mesmo as pessoas que já disseram 'não, nunca, jamais', terão que rever a sua posição", sem querer personalizar em nomes específicos como Mário Centeno.
Embora veja "com bons olhos" a hipótese de Sampaio da Nóvoa, deixou claro que o apelo é mais abrangente.
A candidatura ideal, na sua visão, deveria também intervir na crise de confiança na União Europeia e comprometer-se ativamente com o reconhecimento do Estado palestiniano.