Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que, embora reconheça que a FCT era uma "estrutura já muito antiga" com aspetos que "mereciam ser repensados", a "pura extinção, só por si, pode não ser uma boa ideia".
O chefe de Estado recordou o caso do SEF, cuja extinção, após sucessivos adiamentos, resultou num aumento do número de entidades a desempenhar as suas antigas funções, criando um "berbicacho".
A sua posição sobre a reforma do Ministério da Educação, que integra a FCT numa nova Agência para a Investigação e Inovação, é de cautela.
"Se eu achar que é uma boa ideia (...) promulgo sem angústia nenhuma", declarou. No entanto, deixou claro o seu poder de intervenção: "Se tiver dúvidas sobre um ponto que seja desse diploma, que seja muito importante, eu peço ao Governo para repensar.
(...) Se o Governo insistir, posso chegar a vetar".
Esta postura sinaliza que o Presidente não dará um aval automático à reforma do Estado iniciada pelo Governo, reservando-se o direito de intervir em processos que considere estruturantes e complexos.