Esta iniciativa visa contrastar com as respostas reativas que dominam o ciclo político anual, procurando afirmar uma candidatura focada em soluções de longo prazo.
Durante uma visita à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), Seguro defendeu que o Estado "não pode apenas reagir, tem de agir", sublinhando a importância de um debate nacional sobre o ordenamento florestal e o planeamento fora da época crítica dos incêndios. Ao apelar a um pacto, o ex-secretário-geral do PS tenta elevar a questão acima das disputas partidárias, convocando um sentido de unidade nacional para proteger as florestas e as populações.
A sua estratégia passa por se apresentar como uma figura moderada e ponderada, capaz de agregar consensos em torno de temas cruciais para o futuro do país. A sua intervenção surge num momento em que Portugal enfrenta novamente uma vaga de incêndios, o que confere atualidade e pertinência à sua mensagem.
A campanha de Seguro parece, assim, apostar na substância política e na apresentação de propostas concretas, como forma de se diferenciar no panorama presidencial. Reforçando a sua credibilidade no espaço socialista, recebeu também o apoio de Pedro Rupio, líder do PS na Bélgica, que destacou a sua integridade e sentido de Estado.