Indecisão de Sampaio da Nóvoa força partidos de esquerda a ponderar candidaturas próprias
A contínua indecisão de Sampaio da Nóvoa sobre uma eventual candidatura presidencial está a gerar impaciência no Bloco de Esquerda (BE) e no Livre, forçando uma reavaliação estratégica nestes partidos. A ausência de uma figura potencialmente unificadora à esquerda abre espaço para a ponderação de candidaturas próprias, o que poderá levar a uma maior fragmentação do eleitorado deste espectro político. A expectável candidatura de António Sampaio da Nóvoa, que obteve um resultado expressivo nas eleições de 2016, era vista por alguns setores da esquerda como a melhor hipótese de apresentar uma frente unida e competitiva.
No entanto, o seu silêncio prolongado está a criar um vácuo estratégico.
Partidos como o BE e o Livre, que poderiam apoiar uma candidatura de consenso, veem-se agora na necessidade de preparar cenários alternativos para não serem apanhados desprevenidos.
Esta situação reflete a dificuldade da esquerda em encontrar um nome que consiga agregar as várias sensibilidades, desde o socialismo moderado até às correntes mais à esquerda.
A eventual multiplicação de candidatos poderá dispersar os votos, enfraquecendo as hipóteses de qualquer um deles chegar a uma segunda volta e, consequentemente, beneficiando os candidatos de centro-direita. O cenário de incerteza revela as complexas dinâmicas de poder e as dificuldades de articulação no seio da esquerda portuguesa, num momento em que a definição de uma estratégia presidencial se torna cada vez mais premente.
Em resumoA indecisão de Sampaio da Nóvoa cria um vácuo estratégico à esquerda, obrigando partidos como o BE e o Livre a considerar cenários alternativos, o que pode resultar numa maior fragmentação de candidaturas neste espaço político.
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