As suas críticas às propostas de alteração à lei laboral e à gestão dos incêndios posicionam-no como um defensor intransigente dos direitos dos trabalhadores e dos serviços públicos, alinhado com as bandeiras tradicionais do seu espaço político.

António Filipe classificou como "insultuosos" os argumentos da Ministra do Trabalho sobre os alegados abusos na dispensa para amamentação, considerando as propostas do Governo uma "declaração de guerra a quem trabalha".

Esta postura crítica estendeu-se à gestão dos incêndios florestais, onde lamentou que as recomendações sobre prevenção "não passem do papel" e apelou a um maior apoio e valorização dos bombeiros. Ao intervir sobre estas matérias, o candidato procura demarcar-se como uma voz fiscalizadora do poder executivo e defensora dos interesses populares.

Além disso, deixou claro que, se for eleito Presidente da República, não hesitará em usar os seus poderes constitucionais, afirmando que enviaria as alterações à lei laboral para o Tribunal Constitucional e que não teria dúvidas em exercer o veto político.

Esta estratégia visa consolidar o seu eleitorado de base, reafirmando os princípios do PCP e apresentando a sua candidatura como uma garantia de defesa dos direitos sociais e da Constituição contra as políticas do atual Governo de direita.