A sua intervenção, alinhada com o executivo, reforça a mensagem de unidade nacional e o apelo à responsabilidade cívica dos cidadãos. Num momento de potencial crise nacional, o Chefe de Estado assumiu uma postura de cooperação institucional, validando a decisão do Governo. Ao afirmar que "mais vale prevenir do que remediar", Marcelo Rebelo de Sousa legitimou as medidas restritivas impostas e sublinhou que a decisão estava a ser preparada, transmitindo uma imagem de coordenação entre os órgãos de soberania.
Esta posição contrasta com as suas intervenções mais críticas noutras matérias, evidenciando uma abordagem seletiva na sua relação com o Governo, onde privilegia a coesão e a unidade nacional em situações de emergência. O Presidente destacou que a declaração de alerta confere às autoridades "poderes mais fortes" para proibir atividades de risco, passando de uma lógica de recomendação para uma de interdição. A sua comunicação visou também sensibilizar a opinião pública para a gravidade da situação, afirmando que "ninguém pode dizer que não foi prevenido" para um período que se antevê "muito difícil", reforçando assim o apelo à colaboração de todos para evitar comportamentos de risco.