Esta indefinição contrasta com a forte ofensiva que o partido prepara para as eleições autárquicas, onde pretende transformar a sua força nacional em poder local, uma estratégia que moldará a sua influência na corrida presidencial.
Enquanto os outros partidos já têm os seus eventos de arranque político agendados, o Chega mantém o suspense.
No entanto, a sua atividade política não está parada.
Em entrevista exclusiva ao Alentrium.pt, André Ventura destacou o papel decisivo do Alentejo no crescimento do partido e a sua determinação em “conquistar câmaras, juntas de freguesia e a marcar presença”.
O partido planeia candidatar 59 dos seus 60 deputados a cargos autárquicos, numa demonstração de força e de aposta na implantação territorial.
Ventura afirmou que o objetivo é apresentar candidatos em todos os 308 municípios.
Esta forte aposta no poder local é indissociável das suas ambições nacionais, incluindo uma possível candidatura do próprio Ventura à Presidência da República, uma possibilidade que o líder do Chega não descartou numa entrevista recente.
A capacidade do partido de se consolidar a nível autárquico será um fator determinante para a sua relevância e poder negocial no ciclo político que culminará com as eleições presidenciais.