A sua eventual entrada na corrida é vista como um fator de potencial perturbação no espaço do centro-direita, podendo afetar diretamente outras candidaturas, como a de Luís Marques Mendes.
Rui Moreira tem recebido “vários incentivos para avançar” com uma candidatura a Belém, posicionando-se como uma figura que pode capitalizar a sua “popularidade regional” para uma eleição nacional.
A sua estratégia parece passar pela construção de uma base de apoio fora do aparelho tradicional do PSD, acenando a eleitorados do Chega, da Iniciativa Liberal e aos críticos de Luís Marques Mendes. Esta abordagem sugere a intenção de criar uma plataforma ampla de centro-direita, capaz de agregar descontentes e de se apresentar como uma alternativa aos candidatos mais conotados com as estruturas partidárias. A decisão de aguardar por sondagens revela uma postura pragmática, avaliando a viabilidade eleitoral antes de um compromisso formal.
A sua potencial candidatura é analisada como um fator que “atrapalha” e pode “beliscar” outras figuras do mesmo espectro político, nomeadamente Marques Mendes, ao dividir o eleitorado.
A entrada de um autarca de uma cidade influente como o Porto na corrida presidencial introduziria uma nova dinâmica na campanha, forçando os restantes candidatos a reajustar as suas estratégias e a disputar um eleitorado que poderia ver em Moreira uma opção de poder autárquico com provas dadas.