Marcelo Rebelo de Sousa regressou ao Palácio de Belém para "acompanhar a grave situação", enquanto Luís Montenegro cancelou o resto das suas férias, previstas até 22 de agosto.

A crise culminou numa reunião entre ambos na sede nacional da Autoridade de Proteção Civil, após a qual não prestaram declarações.

Esta interrupção das férias e a subsequente reunião ocorreram num contexto de fortes críticas, nomeadamente do candidato presidencial Gouveia e Melo, que acusou os líderes de estarem distantes do sofrimento do povo. A gestão da crise pelo Governo, incluindo a decisão de prolongar a situação de alerta e, mais tarde, de ativar o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, foi acompanhada de perto pelos restantes atores políticos.

A centralidade do tema dos incêndios na agenda mediática e política transformou a resposta à catástrofe num teste à liderança do atual governo e do Presidente, ao mesmo tempo que proporcionou uma plataforma para os candidatos presidenciais se posicionarem, criticarem e apresentarem as suas próprias visões para o país.