O veto presidencial ao diploma sobre imigração, após o parecer do Tribunal Constitucional, tornou-se um tema central no debate político, levando os candidatos a Belém a demarcarem as suas posições.

Henrique Gouveia e Melo sublinhou a necessidade de equilibrar controlo e direitos, afirmando: "Regular, sim, sem que tal implique o enfraquecimento dos direitos fundamentais ou a erosão da confiança institucional".

A sua posição foca-se na substância da lei e no respeito pelos princípios humanitários.

Por outro lado, tanto Luís Marques Mendes como António José Seguro enfatizaram a normalidade democrática do processo.

Marques Mendes declarou que, independentemente da concordância com a decisão, "a verdade é que foram as instituições a funcionar". De forma semelhante, a candidatura de António José Seguro considerou que o Presidente "cumpriu o seu dever constitucional" e que se trata do "sistema político a funcionar no respeito pelas regras democráticas".

Estas reações ilustram diferentes abordagens ao exercício da presidência: enquanto Gouveia e Melo se pronuncia sobre o mérito e os valores subjacentes à legislação, Marques Mendes e Seguro optam por uma perspetiva mais institucionalista, valorizando a estabilidade e o correto funcionamento dos poderes do Estado.

O episódio serviu, assim, como um primeiro teste à forma como cada candidato encara os equilíbrios constitucionais e o seu papel como garante da Constituição.