A sua entrada na corrida visa representar um eleitorado dinâmico e jovem que, segundo o próprio, não se revê na atual oferta de candidatos. A formalização da candidatura de João Cotrim de Figueiredo foi feita durante uma entrevista televisiva, na qual delineou a sua visão para o país, afirmando querer ser um "farol de referência" para "mostrar um certo caminho" a Portugal.

O eurodeputado ambiciona uma candidatura "mais abrangente" do que apenas a Iniciativa Liberal, pretendendo abri-la "a toda a gente que consiga imaginar um Portugal diferente do que ele é hoje". Descreveu o país que idealiza como "mais avançado, menos cinzento, menos bafiento, mais arejado", um lugar onde se possam criar "grandes obras de cultura, de conhecimento". O seu público-alvo são os portugueses "com vontade de fazer um Portugal verdadeiramente diferente, mais moderno", com especial foco nos mais jovens e dinâmicos, um segmento onde considera não ter concorrência direta entre os atuais candidatos.

Questionado sobre as suas expectativas eleitorais, admitiu que ficaria "bastante insatisfeito se tivesse uma percentagem inferior" à obtida pela IL nas eleições europeias (9,26%).

Num claro contraste com a abordagem de outros candidatos, como Gouveia e Melo, Cotrim de Figueiredo demarcou-se de comentar a crise dos incêndios, defendendo que "políticas setoriais não devem ser discutidas em público" quando os assuntos estão "particularmente candentes", por considerar que não é a melhor altura para o fazer.