A ex-coordenadora do Bloco de Esquerda e atual eurodeputada, Catarina Martins, está a posicionar-se para uma candidatura presidencial. A sua eventual entrada na corrida surge como uma consequência direta da desistência de Sampaio da Nóvoa, sendo vista como uma resposta à necessidade de uma candidatura forte no espaço da esquerda. A notícia, avançada por órgãos de comunicação como o Público e o Observador, indica que o nome de Catarina Martins é consensual dentro do Bloco de Esquerda para protagonizar a disputa presidencial. A própria eurodeputada alimentou esta perspetiva através de uma publicação nas redes sociais, na qual, embora lamentando a decisão de Sampaio da Nóvoa, sublinhou a recusa de muitos eleitores em ficarem "reféns de uma escolha impossível entre a defesa de um presente que abandona a maioria a aceitação de um futuro autoritário". Afirmou ainda a necessidade de "uma Esquerda dialogante e capaz de propor um novo caminho para Portugal", garantindo que contribuirá "para lhe responder".
Fontes próximas da bloquista confirmam que esta está a "refletir sobre a hipótese", embora a decisão final não esteja formalmente tomada.
A confirmar-se, a sua candidatura daria continuidade à tradição do Bloco de Esquerda de apresentar mulheres na corrida a Belém, seguindo os passos de Marisa Matias. Seria também a segunda candidata a exercer funções no Parlamento Europeu, juntamente com João Cotrim de Figueiredo, assinalando uma nova dinâmica na corrida presidencial.
Em resumoCom a saída de Sampaio da Nóvoa, a candidatura de Catarina Martins ganha uma força considerável, posicionando-a como a provável candidata do Bloco de Esquerda para unir e mobilizar o eleitorado de esquerda descontente com as atuais opções.