Num vídeo divulgado nas suas redes sociais, Gouveia e Melo declarou-se "chocado e incrédulo" com a postura de políticos que, "alheios ao terror vivido pelas populações, mantêm as suas agendas, numa bolha de cinismo frio perante o sofrimento".
Rejeitou frontalmente o argumento de que debater o tema durante a crise constitui "aproveitamento político", classificando-o como um mero "pretexto para ganhar tempo e tentar diminuir as responsabilidades".
O almirante apontou falhas concretas, como a inoperacionalidade simultânea dos três aviões Canadair, que considerou um "colapso da organização" e uma "vergonha" para o país. Defendeu que um "verdadeiro líder", mesmo quando não pode fazer mais, "está na frente com o seu povo, mostrando que não se esconde das responsabilidades que pediu para assumir". Com esta postura interventiva e crítica, que evoca o seu papel na liderança da task force de vacinação, Gouveia e Melo posiciona-se como um candidato outsider que exige competência, planeamento e ação por parte do Estado, prometendo combater o "Estado do improviso" se for eleito Presidente da República.