Esta posição, no entanto, gerou reações adversas, nomeadamente do ex-líder do PSD Rui Rio, que a considerou um ato de "taticismo".
Marques Mendes defendeu que "este não é ainda o tempo de fazer um balanço, uma avaliação, ou fazer críticas, por mais legítimas e pertinentes que elas sejam". Numa clara divergência com Gouveia e Melo, sustentou que o momento atual exige "união, apoio e solidariedade", e que "a missão de um líder é unir e não dividir". Esta postura alinha-se com a do Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, que também defendeu que a avaliação deveria ser feita apenas após o combate aos fogos.
Contudo, esta posição foi prontamente contestada por Rui Rio.
O antigo presidente do PSD acusou Marques Mendes de falta de credibilidade, recordando a sua postura crítica durante a tragédia de Pedrógão Grande em 2017, quando o governo era liderado por António Costa.
Rio afirmou ser "difícil conferir credibilidade e não ver apenas taticismo nesta declaração quando, no passado, ele fez exatamente o contrário e tanto criticou quem estava disponível para acordos estruturais".
Este episódio expõe as diferentes estratégias e o posicionamento entre os candidatos do espaço de centro-direita, ao mesmo tempo que coloca sob escrutínio a coerência e o histórico das suas intervenções políticas.