Este movimento estratégico visa consolidar o apoio no campo socialista e progressista, procurando afirmar-se como o candidato natural desse setor. Logo após a confirmação da desistência de Nóvoa, Seguro aproveitou uma aparição pública para se posicionar como o herdeiro natural desse eleitorado.
Sublinhou que a sua candidatura é "aberta" e lançou um repto claro: "Volto a apelar a todos os humanistas, democratas e progressistas, àqueles que querem e acreditam que é possível construir um país com a união de todos os portugueses.
Apelo a essa convergência”.
O ex-líder do PS fez questão de realçar os "valores comuns" que partilha com Sampaio da Nóvoa, como "a defesa da democracia, dos valores humanistas e da Constituição", numa tentativa de criar uma ponte com os apoiantes do antigo reitor. Esta rápida manobra política demonstra uma estratégia de campanha focada em agregar o centro-esquerda e evitar a dispersão de votos, especialmente perante a perspetiva de uma candidatura de Catarina Martins, mais à esquerda. Paralelamente, a sua campanha tem vindo a reforçar a sua estrutura no terreno, com a nomeação de mandatários distritais, como Antonieta Garcia em Castelo Branco e a antiga atleta Manuela Machado em Viana do Castelo, sinalizando um esforço para construir uma base de apoio sólida a nível nacional.