As suas declarações posicionam-no como um crítico acérrimo das políticas governamentais em áreas sociais e operacionais cruciais.
Após o mediático caso de uma grávida que deu à luz na rua, no Carregado, António Filipe classificou a situação no Serviço Nacional de Saúde (SNS) como "muito grave", afirmando que "no século XXI isto não pode acontecer". Defendeu que "todos os órgãos de soberania têm de assumir responsabilidades", incluindo o Presidente da República, que, na sua opinião, "não pode deixar de exigir responsabilidades" ao Governo. No que toca aos incêndios, o candidato do PCP focou-se na inoperacionalidade dos três aviões ‘Canadair’, considerando-a uma prova de que o Governo falhou em assegurar os meios necessários, apesar das garantias dadas. Argumentou que "há meios que estão a faltar e a responsabilidade disso é uma responsabilidade governativa", exigindo um "apuramento de responsabilidades... para que estas coisas não ocorram sistematicamente". Ao contrário de outros candidatos que apelaram à união, a abordagem de António Filipe é de confronto direto e de exigência de responsabilização política imediata, tanto na área da saúde como na proteção civil, mantendo uma linha de oposição firme e consistente com o posicionamento do seu partido de apoio.