As mais recentes sondagens para as eleições presidenciais indicam uma alteração significativa no panorama, com a liderança de Henrique Gouveia e Melo a erodir-se e a corrida a tornar-se mais renhida. A subida de André Ventura ao terceiro lugar e a queda de António José Seguro reconfiguram as expectativas para a primeira volta. Uma sondagem da Intercampus, divulgada por vários meios de comunicação, coloca Henrique Gouveia e Melo com 18,5% das intenções de voto, seguido de muito perto por Luís Marques Mendes com 16%, uma diferença que se insere na margem de erro e configura um empate técnico. Esta é uma mudança notável em relação a meses anteriores, em que o almirante gozava de uma vantagem mais confortável.
A maior surpresa do estudo é a ascensão de André Ventura, que, mesmo sem ter confirmado a sua candidatura, alcança 14,1% das preferências, ultrapassando o socialista António José Seguro, que regista a quebra mais acentuada, caindo para 13,7%.
A fragmentação do campo da esquerda é também visível, com João Cotrim de Figueiredo a consolidar a sua posição com 8,7% e Catarina Martins a surgir com 4,7%.
Um dado relevante é a elevada percentagem de inquiridos (19%) que não sabem ou não respondem, indicando um eleitorado ainda muito volátil.
Os cenários de segunda volta confirmam o equilíbrio, com uma disputa renhida entre Gouveia e Melo e Marques Mendes, e uma vitória mais clara do almirante contra Ventura ou Seguro. A dinâmica atual sugere que a corrida está longe de estar definida, com a oficialização da candidatura de Ventura a poder alterar ainda mais o tabuleiro.
Em resumoA liderança de Gouveia e Melo já não é incontestada, com Marques Mendes a consolidar-se como um forte adversário. A subida de Ventura perturba a corrida, especialmente para António José Seguro, enquanto a elevada taxa de indecisos demonstra que o cenário eleitoral permanece em aberto e suscetível a mudanças significativas.