Esta potencial candidatura está a agitar o xadrez político e a refletir-se positivamente nas sondagens para o líder da oposição.

Em declarações recentes, Ventura afirmou estar hoje "mais perto" de se candidatar do que estava "há duas ou três semanas", embora mantenha alguma ambiguidade ao considerar que não é "o cenário mais favorável e mais positivo que um líder da oposição seja simultaneamente candidato a Presidente da República".

Esta movimentação ocorre num momento em que as sondagens o colocam em terceiro lugar, com 14,1% das intenções de voto, ultrapassando António José Seguro. A sua candidatura não seria uma estreia, visto que em 2021 obteve 11,90% dos votos, ficando em terceiro lugar.

O partido agendou uma reunião do Conselho Nacional para setembro, em Lisboa, com a "análise e discussão sobre as eleições presidenciais" como ponto principal da ordem de trabalhos.

Até lá, a sua posição como o candidato que mais cresceu nas sondagens de agosto (+3,5 pontos percentuais) aumenta a pressão para que avance.

A sua entrada oficial na corrida solidificaria um cenário de grande fragmentação e torná-lo-ia, previsivelmente, uma figura central na campanha, polarizando o debate.