Esta atitude de confronto e proximidade com as populações marca a sua campanha, embora coincida com um período de descida nas intenções de voto. Numa ação de campanha de grande simbolismo, o antigo Chefe do Estado-Maior da Armada visitou a povoação de Ourondo, no distrito de Castelo Branco, onde contactou com a população local, a quem chamou de "verdadeiros heróis e heroínas anónimos". Nas redes sociais, Gouveia e Melo expressou a sua incredulidade e choque com "a postura de alguns responsáveis políticos que, alheios ao terror vivido pelas populações, mantêm as suas agendas, numa bolha de cinismo frio perante o sofrimento". As suas críticas visaram diretamente a manutenção de eventos como a Festa do Pontal, afirmando que "um verdadeiro líder, mesmo sem poder fazer mais, está na frente com o seu povo". Analistas notam que esta estratégia o diferencia do atual Presidente, Marcelo Rebelo de Sousa, que em 2017 foi mais contido nas críticas durante o combate aos fogos.

Ao não esperar pelo "rescaldo" para se pronunciar, Gouveia e Melo procura reforçar a sua imagem de outsider e de líder decidido, disposto a confrontar o poder instituído em nome dos cidadãos.