O candidato presidencial Luís Marques Mendes, durante uma visita à Feira de São Mateus em Viseu, condicionou o seu apoio a um pacto para a floresta, exigindo primeiro uma avaliação rigorosa do que falhou no combate aos incêndios deste verão e da implementação das medidas pós-2017. Ao comentar a proposta do Governo para um plano florestal de longo prazo, Marques Mendes considerou que as medidas anunciadas "são todas positivas", mas alertou que um pacto nacional ficaria "coxo" sem uma análise prévia aprofundada. O candidato insistiu na necessidade de duas avaliações cruciais: "Primeiro é preciso avaliar o que é que correu mal nesta época de fogos... [e] das medidas que foram tomadas depois dos incêndios de 2017". Segundo ele, sem este exercício de responsabilização, qualquer pacto correria o risco de ser "apenas retórica e [não ter] conteúdo útil".
Foi particularmente incisivo na sua crítica à falta de progresso estrutural, afirmando ironicamente que "em matéria dos fogos em Portugal, parece que São Pedro manda mais do que as reformas da floresta", e que a sensação é de que "está praticamente tudo na mesma na floresta". Esta abordagem demarca-o como um candidato pragmático, que privilegia a avaliação de resultados e a responsabilização política em vez de aderir acriticamente a grandes acordos nacionais. Ao focar-se na eficácia e na implementação, Marques Mendes procura projetar uma imagem de um líder sério e orientado para soluções concretas, contrastando com o que considera ser a retórica política.
Em resumoLuís Marques Mendes adota uma postura de escrutínio e pragmatismo, defendendo que a eficácia das políticas florestais deve ser avaliada antes de se avançar para novos pactos, posicionando-se como um candidato focado na responsabilização e na obtenção de resultados concretos.