Numa entrevista, Ventura revelou que a sua posição sobre uma eventual candidatura mudou, estando agora mais inclinado a avançar do que estava "há duas ou três semanas". Apesar disso, reiterou a sua opinião de que não considera ser o "cenário mais favorável e mais positivo que um líder da oposição seja simultaneamente candidato a Presidente da República".
A decisão final será formalmente discutida e tomada na reunião do Conselho Nacional do Chega, agendada para setembro.
Este compasso de espera ocorre num contexto de crescimento para Ventura nas sondagens presidenciais. O último barómetro da Intercampus atribui-lhe uma subida de 3,5 pontos percentuais, para 14,1%, colocando-o no terceiro lugar e à frente de António José Seguro.
Este reforço de popularidade é, muito provavelmente, um fator decisivo na ponderação do líder do Chega. Uma candidatura de Ventura teria um impacto profundo na dinâmica eleitoral, introduzindo um elemento de forte polarização e obrigando os restantes candidatos a definirem as suas estratégias em função do seu discurso. A sua participação em 2021, na qual obteve 11,90% dos votos, serve de referência para o potencial eleitoral que poderá mobilizar.