Perante uma audiência de jovens quadros, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que tanto o PSD como o PS enfrentam “uma tarefa difícil” nos seus respetivos espaços políticos, mas que o caminho passa por “afirmar a diferença da moderação que distingue o centro-direita da direita mais radical”.
Alertou que, caso contrário, “torna-se muito difícil a função dos partidos desta natureza e isso não é boa notícia para a democracia”.
O Presidente foi explícito ao afirmar que “é mais fácil fazer acordos de regime, fazer consensos, fazer encontrar soluções ao centro, se um partido centro-direita for um partido centro-direita e não de direita que é direita radical”.
Este recado, interpretado como uma alusão direta à relação com o Chega, visa encorajar o PSD a consolidar a sua identidade moderada, considerando-a essencial para a formação de consensos e para a governabilidade do país.
A sua intervenção reflete uma visão de que a polarização e a radicalização representam uma ameaça ao funcionamento tradicional das democracias ocidentais.