Durante uma visita à Feira de São Mateus, em Viseu, o almirante na reserva delineou as suas principais preocupações, alertando para o risco de desagregação social e para o impacto na democracia.
Numa clara demarcação das suas prioridades de campanha, Gouveia e Melo afirmou que Portugal tem “problemas gravíssimos de habitação que está a deslaçar a nossa própria sociedade”. A esta crise juntou o “problema de saúde”, que considera ser uma perceção generalizada entre os portugueses. O candidato abordou também a complexidade do fenómeno migratório, reconhecendo que “a nossa economia também precisa de imigrantes” e que, por isso, “tem que haver uma boa gestão”. A sua maior preocupação reside nas consequências sociais destas crises, alertando que se está “a gerar ódios dentro da nossa sociedade, em vez de confiança”. Segundo o candidato, esta erosão da confiança “vai afetar a nossa democracia, de forma direta ou indireta a médio e longo prazo”.
Ao posicionar estes três temas no centro do debate, Gouveia e Melo sinaliza uma candidatura focada em questões estruturais e sociais, defendendo a necessidade de “gerar confiança, gerar esperança e realizar coisas”, em contraponto com promessas por cumprir.