Recorrendo à sua experiência militar, o almirante na reserva apontou a complexidade do modelo atual como uma das causas para as falhas sentidas no terreno.
Durante uma visita à Feira de São Mateus, em Viseu, Gouveia e Melo foi perentório: “De comando e controle, sendo militar, julgo que tenho alguma coisa para dizer. As linhas de comando e controle têm de ser fluidas, simples e diretas”.
Argumentou que, quando os sistemas são “demasiado complexos, não fluidos, metem muitas agências, muitas entidades”, o que resulta em ineficácia em situações de stress. “Quando não funcionam, acontece o que estamos a ver hoje todos nós portugueses”, concluiu.
A sua crítica não se limitou à resposta operacional, estendendo-se à falta de uma estratégia de longo prazo. Defendeu a criação de um plano para as florestas a médio e longo prazo, que não mude a cada ciclo político, e que se baseie na criação de uma economia da floresta, na remodelação do interior e numa prevenção mais eficaz. Esta intervenção posiciona Gouveia e Melo como um candidato que pretende aplicar a sua experiência de liderança militar à gestão de crises nacionais, propondo reformas estruturais em áreas críticas como a proteção civil.