Durante a sua participação na Universidade de Verão do PSD, o Chefe de Estado refletiu sobre os pontos altos e baixos da sua presidência.
Considerou que o seu maior sucesso foi ter tentado “fazer os impossíveis” para garantir a estabilidade política, mesmo que isso tenha implicado dissolver a Assembleia da República por três vezes no segundo mandato. Congratulou-se por, nas eleições que se seguiram, o povo ter validado as suas decisões com o seu voto.
No capítulo do que correu pior, incluiu a incapacidade de renovação do sistema político e da administração pública, bem como o crescente distanciamento entre cidadãos e políticos, embora ressalvando que as responsabilidades foram partilhadas com outros órgãos de soberania. Reiterou que planeava cumprir apenas um mandato, mas que a pandemia de covid-19 o obrigou a recandidatar-se, pois “ninguém compreenderia que o responsável saísse”. Contudo, admitiu que essa permanência acabou por ser “um fator cumulativo do desgaste do sistema”.
Esta autoavaliação marca o tom de final de mandato, estabelecendo uma narrativa sobre o seu legado e os desafios que transitarão para o seu sucessor.