Gouveia e Melo argumentou que o Presidente "não deve fazer comentários pessoais ou de índole pessoal, porque representa o Estado português", sublinhando a importância das alianças estratégicas do país. "Nós somos um Estado aliado do Estado norte-americano em diversas alianças.

A nossa segurança e defesa comum é muito importante.

Julgo que esse tipo de comentários não devem ser feitos pelo Presidente da República", afirmou.

Para o candidato, a política externa é da competência exclusiva do Governo, e o Presidente deve atuar apenas como "um representante" dessa política. Ao posicionar-se desta forma, Gouveia e Melo procura apelar a um eleitorado que valoriza a sobriedade institucional e a estabilidade nas relações diplomáticas, distanciando-se do que alguns comentadores descrevem como a "incontinência verbal" do atual Presidente. A sua crítica foi vista não apenas como uma resposta a um incidente específico, mas como uma declaração de princípios sobre o exercício do cargo, sugerindo que, se eleito, a sua presidência seria caracterizada por uma maior discrição e um foco estrito nas competências constitucionais, evitando polémicas que possam criar embaraços ao Governo ou ao país no plano internacional.