Alertou que "é evidente que é mais fácil fazer acordos de regime, fazer consensos, fazer encontrar soluções ao centro, se um partido centro-direita for um partido centro-direita e não de direita que é direita radical". O Presidente admitiu que os partidos do centro enfrentam uma "tarefa difícil" no atual contexto político, que descreveu como "o tempo dos radicais". No entanto, insistiu que a viabilidade da democracia depende da capacidade dos partidos moderados de resolverem os problemas dos cidadãos e de se distinguirem claramente dos extremismos.

Este recado foi visto por vários quadrantes políticos, nomeadamente pelo líder do PS, José Luís Carneiro, como um "puxão de orelhas" ao Governo e ao PSD, por eventuais aproximações ou entendimentos com o Chega. A intervenção de Marcelo sublinha a sua preocupação com a polarização do sistema político e o seu desejo de ver o seu partido de origem a manter-se como uma força moderada e central na governação do país.