O Chefe de Estado defendeu que este reconhecimento deve ser acompanhado pelo "combate a todas as formas de discriminação e violência" contra esta população. Numa nota oficial, Marcelo expressou o desejo de homenagear os afrodescendentes que "revigoram e enriquecem" Portugal, e apelou a um caminho "no sentido de uma vizinhança fraterna e sem preconceitos, em que vivemos como iguais no sentido de um Portugal mais justo e menos desigual". A sua mensagem foi fundamentada com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) de 2023, que indicam que a população afrodescendente representa 6,1% dos residentes em Portugal (entre os 18 e os 74 anos) e que quase um terço (31,7%) já sofreu discriminação.
A intervenção do Presidente sobre este tema socialmente sensível é significativa, pois coloca o combate ao racismo e à discriminação na agenda pública ao mais alto nível do Estado.
Este posicionamento é relevante no contexto político atual, onde questões de identidade e imigração são frequentemente instrumentalizadas por movimentos populistas.
Ao defender ativamente uma sociedade mais inclusiva e justa, Marcelo Rebelo de Sousa reforça o papel da Presidência como uma magistratura de influência moral e cívica, estabelecendo um padrão de valores humanistas para o debate nacional.