Durante a sua intervenção na Universidade de Verão do PSD, o Presidente fez um balanço agridoce. Do lado negativo, apontou a incapacidade de renovação do sistema político e da administração pública, bem como o crescente distanciamento entre cidadãos e políticos, ressalvando que as responsabilidades foram partilhadas com outros órgãos de soberania. Do lado positivo, destacou o seu esforço para "fazer os impossíveis" para garantir a estabilidade política, mesmo que isso tenha implicado o recurso à dissolução da Assembleia da República.
"Isso foi o que correu melhor mesmo quando não correu bem", afirmou, congratulando-se por os eleitores terem validado as suas decisões nas urnas.
Marcelo repetiu que ponderou cumprir apenas um mandato, mas que a pandemia de covid-19 o levou a recandidatar-se, pois sentiu que "ninguém compreenderia que o responsável saísse" no pior momento da crise.
Esta autoavaliação, a poucos meses do fim das suas funções, insere-se num esforço de construção do seu legado político.