O candidato presidencial Henrique Gouveia e Melo expressou o seu ceticismo em relação a escrutínios políticos que considera terem uma "perspetiva negativista", numa aparente referência às comissões parlamentares de inquérito. A sua crítica sugere uma preferência por uma abordagem mais construtiva e focada em soluções futuras, em detrimento do que vê como uma cultura de demolição. Durante uma visita à Feira do Livro do Porto, o candidato presidencial afirmou que "todos os escrutínios são importantes", mas questionou a sua utilidade quando servem apenas para "valorizar uma perspetiva negativista e não uma perspetiva de construção de um futuro".
Para ilustrar o seu ponto de vista, Gouveia e Melo recorreu a uma analogia empresarial: "é muito fácil, numa empresa, fazer parte da secção da demolição. O que é muito difícil é, nessa empresa, fazer parte da secção da reconstrução e da construção".
O almirante defendeu que a crítica é fácil, mas o verdadeiro desafio é passar dela para "ações concretas, sistemáticas, persistentes no tempo".
Esta posição revela uma faceta do seu pensamento político, alinhada com a imagem de gestor e estratega que tem procurado projetar, defendendo uma Presidência que seja um fator de estabilização e construção, em vez de um mero fiscalizador ou comentador da atualidade.
Em resumoOs comentários de Gouveia e Melo posicionam-no como um candidato que pretende elevar o debate político acima da controvérsia diária, defendendo uma abordagem focada na construção de consensos e soluções de longo prazo, em contraste com o que descreve como um escrutínio meramente destrutivo.