Na sua intervenção na Universidade de Verão do PSD, e sem se referir diretamente à legislação sobre imigração, o Chefe de Estado foi claro na sua mensagem: "O fundamental é conseguirmos gerir as conjunturas, nunca esquecendo o que é estrutural". Comparando as conjunturas a "modas", que são passageiras, alertou que "não podemos é, por causa de razões conjunturais, deitar fora uma questão estrutural". Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que o contributo dos cidadãos de países de língua oficial portuguesa é "crucial e vai ser cada vez mais crucial" para a sociedade portuguesa, nomeadamente por razões demográficas. O Presidente, que anteriormente pediu a fiscalização preventiva do diploma do Governo sobre esta matéria, que levou ao chumbo de cinco normas pelo Tribunal Constitucional, manifestou a esperança de que, quando "esta moda estiver passada", se perceba "como foi boa ideia não tocar nesse estado estrutural" da política portuguesa.
Este foi mais um exemplo da sua magistratura de influência, usando a sua posição para intervir num tema sensível da governação.