Várias figuras públicas pronunciaram-se sobre a adequação do comportamento do Presidente.
O antigo ministro Paulo Portas foi um dos mais críticos, afirmando que "um comentador tem opiniões. Um presidente representa interesses nacionais".
Esta visão, partilhada por outros, defende que um Chefe de Estado deve pautar-se pela contenção e pelo rigor diplomático, evitando comentários que possam ser interpretados como posições pessoais. Outros analistas, como José Adelino Maltez, concordaram com o conteúdo da análise de Marcelo — que "tem razão" —, mas apontaram uma "falta de controlo" na forma e no local onde a expressou. A polémica serviu para cristalizar as duas visões sobre o "Marcelismo": por um lado, a de um Presidente que usa a sua popularidade e conhecimento para uma magistratura de influência ativa e pedagógica; por outro, a de um Presidente que nunca abandonou completamente o seu papel de comentador, arriscando-se a criar embaraços diplomáticos e a banalizar a palavra presidencial.
O próprio Marcelo, ao anunciar na Universidade de Verão que se irá afastar "totalmente" da política após o mandato, parece reconhecer a dificuldade em conciliar o cargo com a opinião.