Imediatamente após o acidente, o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa cancelou a "Festa do Livro", um evento anual emblemático que decorreria nos jardins do Palácio de Belém. Para além do cancelamento, o Chefe de Estado assumiu uma postura de proximidade e solidariedade, visitando o local do acidente na companhia do Primeiro-Ministro e do Presidente da Câmara de Lisboa, marcando presença na missa de homenagem às vítimas e apelando a um "apuramento das causas o mais rapidamente possível". No campo da corrida presidencial, o candidato Luís Marques Mendes foi um dos primeiros a reagir, anunciando o cancelamento de "todas as ações de campanha" previstas para os dias seguintes, afirmando que o momento era de "luto e consternação". A decisão de suspender a atividade política foi seguida pela maioria dos partidos, incluindo PSD, PS, CDS-PP, Chega e Livre, que adiaram ou cancelaram convenções autárquicas e rentrées políticas.

A exceção notória foi o PCP, que manteve a realização da Festa do Avante!, embora tenha garantido que o evento serviria também para expressar solidariedade para com as vítimas.

Este episódio demonstrou como acontecimentos de comoção nacional se sobrepõem à normalidade da vida política, exigindo dos detentores de cargos públicos e dos candidatos uma resposta de sobriedade e união nacional, suspendendo as atividades de campanha para focar no luto coletivo.