Simultaneamente, tem procurado demarcar-se do estilo do atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, prometendo maior contenção.

Numa entrevista, Marques Mendes defendeu que "em Belém deve estar um Presidente com sentido de equilíbrio e moderação" e que a sua experiência política lhe confere "outra preparação e traquejo". Considerou que "Portugal não pode passar a vida em eleições" e que o Presidente deve usar o seu poder mediador para "puxar pelo Governo para ajudar a resolver" problemas essenciais como a habitação, a saúde e os salários.

O candidato tem também aproveitado para se distanciar do atual Chefe de Estado, de quem é conselheiro.

Garantiu que não será igual a Marcelo, criticando a "banalização da palavra" e as "selfies", e prometendo um estilo mais contido, afirmando que "há coisas que, mesmo pensadas, não devem ser ditas publicamente".

Recordou ainda discordâncias passadas, como a não recondução de Joana Marques Vidal na PGR.

Perante a tragédia do Elevador da Glória, Marques Mendes pediu o apuramento de todas as responsabilidades, mas considerou precipitado falar em demissões, afirmando que "não podemos pôr o carro à frente dos bois".

No plano externo, sobre o ataque à embarcação com bandeira portuguesa, considerou que o Estado não deve reagir formalmente, pois trata-se de uma "iniciativa particular" sem cobertura diplomática.